Chegou ao fim aquela que poderia ter sido uma tragédia na Tailândia. Todo o mundo esteve a torcer por aquelas 12 crianças e pelo seu treinador. Fomos bombardeados com notícias e com pormenores dos esforços levados a cabo pelas autoridades da Tailândia que não mediram esforços para salvar 12 dos seus filhos. Foi um exemplo a muitos níveis que muitos outros países deveriam seguir… Continuaram a procurar, encontraram, resgataram gerindo muito bem uma crise quando todo o mundo estava à espreita.
Infelizmente todos os dias há crises que envolvem crianças. Bem perto de nós, no Mediterrâneo, já morreram centenas nos últimos anos. Falar do caso da Tailândia, infelizmente, é falar do homem que mordeu o cão, só assim se justifica todos os holofotes voltados para a Ásia. As mortes no Mediterrâneo já quase não são notícia, por cá, mas, infelizmente, não porque não aconteçam, não porque a vida destas crianças sejam menos importantes que as outras: são, simplesmente, o cão que mordeu o homem!
As crianças sempre foram e sempre serão todas iguais. Todas terão um pequeno coração a bater dentro de um peito. Infelizmente os homens e os políticos não são todos iguais. E da Tailândia veio um exemplo e uma grande bofetada na velha e bafienta Europa onde políticos, empertigados, impedem que navios atraquem e se salvem as crianças que estão a bordo!