Fugir ao estereótipo

A imagem da esquerda representa o grande Charles Chaplin e foi obtida na página que lhe dedicam no site IMDB.

Descobrimo-la ontem quando, como de costume, procurávamos referências de filmes e as suas cotações neste site. Gosto desta gigantesca base de dados sobre cinema e, normalmente, uma avaliação acima de 7 é sinal de que o tempo não será perdido.

Ontem fiquei agradavelmente surpreendido ao verificar que para representarem o homem não utilizaram a personagem.

Normalmente confundimos ambos e a personagem passa a representar a pessoa, como se esta deixasse simplesmente de existir. Acredito que o Charles tenha sido  mais que Charlo, embora  este já tenha sido muito.

Passa-se um pouco a mesma coisa quando temos em mãos um trabalho de investigação, como notava um amigo há já uns anos…

Antes de nos perguntarem como vamos, cada vez que nos encontram,  perguntam-nos pela tese!

Parabéns à IMDb, por não ter escolhido uma das mais evidente e, já agora…

…Eu também estou bem,  obrigado!

5 pensamentos sobre “Fugir ao estereótipo

  1. Ao ler este seu “post” lembrei-me de mim. Eu tenho um hábito horrível. Não pergunto com regularidade como é que as pessoas estão. Se estiverem à minha frente com uma cara “normal” parto do pressuposto que está tudo bem. Na internet, principalmente com pessoas que não conheço ou conheço mal, parto de outro pressuposto aida mais parvo: “se estão a teclar é porque está tudo bem”.
    É mau, eu sei, mas é a minha mania de pensar que são todos como eu, isto é, que mostram quando estão mal eque nõ teclam quando se passa algo mau. :s
    Mas garanto-lhe que só pergunto como vai a teses, depois de saber como vai a pessoa. Ou pergunto as duas ou só a primeira, mas nunca só a segunda coisa. 😀

    Já o sermos reconhecidos por algo que não a nossa pessoa, conheço a coisa muito bem. Fui sempre a filha da minha mãe ou do meu pai, a irmã do meu irmão, mas nunca a (Ana) Luísa. Na faculdade era a Ana da zona de Viseu, havia gente que me perguntava se eu já tinha ido ao centro comercial novo, antes de me perguntarem como estava (acho que consegue ser pior que a história da tese!).
    Por mais incrível que parecça só me tornei eu quando vim para a Suíça. Aqui sou a Luísa, sem pais ou irmãos ou centros comercais como cognome. 😀 😀

    Quanto ao Charles Chaplin. Eu já tinha visto imagens dele sem bigode. E o que me impressiona sempre não é a ausência de pêlos faciais, mas sim o olhar. Não sei, parece que ele mudava a forma de olhar quando não tiha bigode.

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  2. Tanta e tanta vez que se confunde o artista com a pessoa…
    Um pouco mais de informação pode surpreender. A admiração que temos pelo GÉNIO pelo ARTISTA, e a revolta que sentimos pela PESSOA, pelo ser humano…

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  3. Chaplin, Frank Sinatra, Elvis Presley, Sigmund Freud… outros exemplos de figuras que, ao conhecer a pessoa por detrás do artista, o que fica não é lá muito bom…

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  4. Obrigada, João.

    Concordo consigo, Cosmos. Por isso é que evito ler as biografias. O facto de saber que o artista X tem defeitos ando que tempos sem conseguir ver/apreciar o seu trabalho de novo de forma isenta (e nunca mais ´€ a 100%).
    Eu consigo separar a pessoa do seu trabalho, mas não consigo separar o trabalho da pessoa. Isto é, se a pessoa fez uma asneira muito grande escusam de me dizer que o seu trabalho é notável, fica ali uma mancha. E quando, por exemplo, estou a ver um filme em que o Russel Crowe é um fofo ou um homem justo, não me consigo concentrar, pois lembro-me que ele andou à batatada com os jornalistas na altura que estava candidato a um óscar pelo filme “uma mente brilhante”…

    E também é por isso que prefiro saber que Charles Chaplin fez de Charlot, que aparecia de bigode e sem ele, e mais nada. Ou nunca mais consegurei ver “The Great Dictator”. 😀

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