Foi bonita a festa, pá!

Foi bonita a festa da rapariga do sorriso bonito. Foi bonita principalmente porque sorriu, muito. Juntámo-nos  à sua volta para celebrar a vida. Fomos a um lugar cheio de fotografias, um daqueles lugares mágicos que vou descobrindo nas festas de aniversário da rapariga de sorriso bonito.

E sorrimos todos muito mas,  de tudo o que me fica da noite de ontem fica-me, sobretudo, gravado na memória o sorriso da rapariga do sorriso bonito, rodeada de amigos como se (e tenho a certeza que para ela o é) estar ali rodeada de todos os que a amam, cada um à sua maneira, fosse a coisa mais importante da vida.

E rimos, quando um  grupo de amigos, da rapariga de sorriso bonito, se juntou e contou a primeira anedota a que se seguiu outra e outra.

E cantámos, uns mais afinados que outros, porque havia violas, pandeiretas, maracas e gente que sabia cantar  e que cantava muito bem.

Foi bonita a festa. pá!

Mesmo que lhe tivéssemos oferecido uma fotografia com um poema dos tempos tristes, que escrevi, num hospital, num dia em que ela lutava, literalmente, pela vida. Foram momentos difíceis que ultrapassou, sempre com o sorriso bonito, ensinando-nos coisas. Ensinando-nos a ser fortes, como ela, ela que passa a vida a ensinar.

Mas, foi bonita a festa também porque o nosso amigo fotógrafo trouxe uma das suas extraordinárias fotos (*) para todos assinarmos e ficar como recordação de uma noite que certamente nenhum de nós irá esquecer tão depressa.

E eu, que gosto muito de festinhas, gostei muito da tua festa porque foi bonita! Espero continuar a sorrir, a rir e a cantar junto dos teus amigos, sendo também eu um deles, porque não é pobre quem tem um grupo de amigos como tens tu.

Um beijo, rapariga do sorriso bonito.

(*) Créditos da foto de capa deste texto: Fernando Pinho.