Voar barato pode sair caro!

Tive, este verão, o privilégio de voar, pela primeira vez, num voo lowcost na Ryanair .

Há pouco tempo uma amiga, que experimentou também pela primeira vez o conceito, dizia-me que nunca mais repetiria. Quando fiz um voo na AirEuropa, que não foi muito caro,  lembrei-me das suas palavras e não deixei de as considerar exageradas, quando voei na Rayanair percebi exatamente o que sentiu e o que me quis dizer… talvez a AirEurope não fosse afinal uma Lowcost, embora não admitam também muita bagagem gratuitamente, nem forneçam  comida e bebidas, pelo menos em voos de curta duração.

Voar na AirEuropa é uma viagem sem muita bagagem, como disse, embora seja possível às senhoras, além da mala principal, levar uma bolsa ou mesmo um saco com uma máquina fotográfica. Na Ryanair também é possível, desde que a bolsa e ou a máquina caibam dentro da mala!

Voar na AirEuropa implica imprimir os seus cartões de embarque antes de ir para o aeroporto, mas é sempre possível fazer um checkin convencional  lá sem pagar mais por isso! Na Ryanair também é possível, desde que se pague, no aeroporto, 60 euros por pessoa. Além disso, na AirEuropa podemos escolher em casa os lugares em que iremos sentados quando imprimimos os cartões, como hoje se faz ao comprar qualquer serviço na Net que implique marcação de lugar,  como viagens de comboio ou espetáculo. Na Ryanair também é possível, desde que se pague mais 10 Euros por passageiro!

Bom, depois vem a experiência de entrar no avião com toda a gente a tentar encontrar um lugar e, sobretudo, onde enfiar a bagagem…

Não tenho voado muito, mas nunca vi serem tão abreviadas as instruções de segurança como no voo da Ryanair! Enquanto se ouviam essas instruções, no sistema de som, lidas num mau inglês, os assistentes de bordo com um colete salva-vidas vestido, faziam a sua vida normalmente sem nenhuma coordenação ou atenção ao que estava a ser dito.

As próprias cores do interior do avião, com muito amarelo, faziam-me recuar para o tempo das viagens de camioneta para Trás-os-Montes! Mal o avião levantou voo os assistentes começaram a apregoar e a tentar vender um pouco de tudo, desde tabaco sem fumo a raspadinhas… Só faltou venderem colchões!

Foi uma experiência negativa e estava a tentar abster-me, até porque a companhia era boa, de falar dela aqui. No entanto, depois de ler uma notícia intitulada Presidente da Ryanair chama estúpidos aos passageiros, não pude deixar de a registar, aqui onde certamente ninguém lê,  o meu testemunho da existência de gente estupida nessa companhia, certamente em lugares de chefia!

2 pensamentos sobre “Voar barato pode sair caro!

  1. Eu passei anos a ouvir de colegas meus que gastava mt dinheiro a viajar entre Portugal e a Suíça. Que devia usar essas companhias. Mas na realidade… quando fazia as contas… saía-me mais caro viajar com a Ryanair do que em primeira classe na TAP ou na Swiss (as empresas que sempre usei quando ainda morava em Portugal).
    A única vez que usei uma low cost foi este ano. Como andei a saltar de país em país e tive que fazer uma paraagem rápida em Portugal, não deu para comprar bilhetes de ida e volta. Então fui na British de Londres para Lisboa, mas na hora de ver o preço de Lisboa para Zurique ia tendo uma coisa má. Uma viagem custava mais do que todos os outros bilhetes (1 de ida e volta e mais 2 de ida) que eu iria usar. Tive que me sujeitar a uma low cost com escala em Colónia. E digo… mesmo não tendo nada directamente a dizer da empresa no ar e na Alemanha. O frete que eu apanhei em Lisboa, sem falar no preço de cada quilo a mais que me obrigou a refazer mala…. fizeram com que eu confirmasse a minhas suspeitas: antes pagar mais e viajar como se quer do que pagar uns tostões a menos (porque o voo com escala ainda me custou quase 200!!!) que se perdem noutros sítios.

    Quanto ao senhor em questão. Estes disparates constantes são uma forma de fazer propaganda gratuita. E eu sie isti porque ouvi já em 2010, num aeroporto mínimo do sul de Itália, um funcionário da empresa a dizer isso mesmo. E explicou como é que é publicidade:
    lançaram a empresa, como era lowcost, falou-se durante um tempo, mas depois deixou de ser notícia.
    entretanto, noticiou-se que eles queriam cobrar um euro pelas idas à casa debanho. era outra mentira, mas que fez com que todos se voltassem a lembrar da empresa.
    depois foi a teoria RIDÍCULA dos bancos em pé para poupar espaço no avião e assim emter mais gente. comoé óbvio, por questões de segurança e de conforto mínimo, foram proibidos de tal palhaçada, mas… falou-se deles…
    agora, como as low cost ou as low cost dos grupos grandes (como a AirBerlin que pertence à Lufthanasa) estão a ganhar terreno… o palhaço tem que vir chamar a atenção para cima de si.

    e sinceramente ele até tem razão para ser parvo com as pessoas… se as pessoas (isto não serve para toda a gente!!!) não lhe dessem importância e escolhessem outras companhias aéreas (low cost ou não) ele aprendia a ser decente com quem lhe dá o sustento e isto só parcialmente, pois eu continuo a perguntar-me: se a carga dos porões é reduzida (ninguém gosta de pagar 30 euros por quiço a mais!!!), o quê mais é que lá vai dentro???? e ainda: se as outras empresas precisam de tanto dinheiro para levantar um bicho daqueles… como é que eles levantam um avião com 100 pessoas se só levarem 100 euros por cabeça [50 para o bilhete e 60 para uma taxa parva qualquer]… e não me digam que é por não ter comida, pois eu sei que faz diferença, mas será que faz assim tanta diferença??? não acredito (basta ver os bilhetse low cost da AirBerlin…)

    bem… eu estiquei-me!!! mas este é um tema que me dá muita comichão!! :s

    ah! o João pode fugir, mas não s epode esconder…mesmo tendo mudado de casa ainda há gente que “não” vem cá ler…

    😉

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    1. Obrigado pelo testemunho Luísa. Afinal estamos também a contribuir para a estratégia da publicidade embora aqui ninguém nos leia!

      Um abraço e obrigado também por ter descoberto o caminho!
      João

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